Eu compreendo a raiva pulsante em cada coração paranista, esse purgatório que já dura três longos e difíceis anos está afetando nossas mentes, bem, a minha fritou há tempos mesmo. Mas, uma das situações que me deixa puto é ver camaradas atribuírem nossos fracassos ao jornal Gazeta do Povo. Xiii... Tiro no pé. No meu, por ter entrado neste assunto, e no seu, por jogar à imprensa os restos de nossa incompetência. Temos que parar de ceder este “ibope” gratuito ao maior diário impresso do Estado. O canal é pressionar as mãos contra a verdadeira ferida aberta em nosso peito. Precisamos estancar o sangue que vaza do Paranazão Clube que tanto amamos, sem nos preocuparmos com os gurus formadores de opinião. Por favor, sem teorias da conspiração! Aposto que tem leitor pensando: “esse filho da puta já ta de contrato, mala e cuia para a Gazeta dos Poodles”.
Ei, ei! Vamos acordar! Essa história de vendido, pré-contrato e liberação do vínculo não me pertence. Viu só? Você já estava me julgando enquanto os legítimos sanguessugas secam o time da Vila Capanema. Estão tirando a nobre gralha para urubu e nossas carniças do gramado estão cada vez mais nojentas. O meia Vinícius, por exemplo, foi reserva em meio a um amontoado de peladeiros, marcou um gol cagado na vida, beijou nosso escudo e saiu arrotando como se craque fosse. Se na minha época a piazada era fruto da Geração Coca Cola, hoje essa pirralhada sem humildade faz parte da Geração Neymar. Agora sim, pau na mídia porque ela merece, fabricou esse tipo de “Jênio” (com J mesmo). O último recado para o “Vini RBD” é: nunca mais leve nosso manto limpo à sua boca podre. Ah... Tem também o Élvis, mas parece que botaram fogo nele, ta virado numa bola de fogo tadinho, e para contrariar a famosa expressão do rock’n’roll eu grito: Élvis morreu, sim! Nessa passagem por vales de sombra e morte quem parece se encaminhar ao sepulcro é a turma da Vila do Povo. Nas últimas semanas negociamos, perdão, doamos alguns de nossos pangarés para outros clubes. A evolução do Homo Sapiens, Marcelo Toscânus, foi tarde para Portugal e parece que por lá milagres têm acontecido. Nosso Tosco converteu até pênalti em sua estreia (porque o goleiro é ruim), e os portugas acreditam ter um novo craque, é a boa e velha piada portuguesa, melhor que as de gaúcho, que ultimamente não têm graça alguma! Esses dias o Aramis quase enfartou na rádio, disse que o Paraná Clube não era quintal de empresários e que a negociação do Gilson com o Gaymio, corrigindo, Grêmio (o time mais argentino do Brasil), estava encerrada. Porém, um pessoal de carapuças veio, a gauchada “disponibilizou” três bagualos chucros e até agora nada. A dança do vira do Roberto Leal se transformou em uma chula rasteira vinda dos Pampas. Nosso ex-lateral esquerdo já estreou nas querências e nós, aqui das araucárias, ficamos a chupar pinhão. Em nosso escudo o Paraná Clube Brasil agora é: Paraná Clube Bonzinho. Que coisa fofa! A elite do futebol brasileiro está longe e a terceirona naturalmente se aproxima. Nós, que no início do torneio, esperávamos ser vomitados de volta à primeira divisão, estamos nadando contra a maré das tripas da segundona para evitar a saída pelo cu da série B, indo direto para o vaso de merda que é a C. Nojento, eu sei. Mas a ocasião e os atores desta novela pedem isso. A vida do nosso exército gralha tem sido puro cine terror trash, quando a gente acha que está ruim, tudo pode piorar. Com um clube que contrata Serginho Catarinense como jogador profissional e espera ansioso por um sim da noiva Netinho Bieber (que é aqui de Itajaí), o que de mais trágico podemos esperar? Que mais um “catarina” vá à Vila do Povo, no sábado, e incendeie ainda mais a nossa crise? Do jeito que a coisa anda eu, catarinense e apaixonado pelo Tricolão, vou ter de assumir as relações diplomáticas e intervir pedindo clemência ao Figueira. A que ponto chegamos!
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