sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quero meu Paraná de volta!

Eles que se virem, quero meu Paraná de volta!
Por: Marcos Marcellus Holtz

Inmagine vucê xega numa bela manhã de sexta-feira, para fazê a leitura matinal da crônica do Mark, aki no Paranistas.com.br, e se deparar com um texto redigido nesta língua: o internetês! Tenso né? Eu até pensei em fazer um parágrafo inteiro escrito desta pobre forma, mas, cá com meus botões, cheguei às consequências que tal atitude poderia me acarretar. Veja só: o amigo tricolor do tipo mal humorado já ia me xingar, dizer que ando apelando e que meu nível caiu. O camarada mais sereno ia se perguntar: “pô, o que andou acontecendo com o nosso velho cronista de guerra?”. Já o Daniel Piva, chefão do nosso site, podia, em um dia de fúria, bater na mesa e dizer: basta! Aí esse coitado aqui teria de pegar sua trouxinha velha e bater à porta de outras freguesias, à altura de minha desqualificação, quem sabe no Xoxaxautas ou no Brisa.com. Estaria definitivamente na rua da amargura, com frio e deitadinho na sarjeta.

Homem primata, capitalismo selvagem! Na nossa selva de pedras o tempo é o senhor do universo, é dinheiro, e engrena com muito mais velocidade que o ritmo revolucionário ditado pelos Titãs dos anos 80. Se você, que agora deu uma pausa no trabalho para dar uma espiadinha nas notícias do Paranazão, botar a máquina empresarial fora dos trilhos: booom! Como diria, antigamente, o mala do Roberto Justus: “está demitido”. É fato! Não tem conversa meu amigo, é por justa causa, por incompetência, por politicagem, corte de gastos e, às vezes, até por ousadia. Se estás saindo da faculdade, se és um mero mortal e mais um proletário desse país, é bom aprender: a vida é cruel.
Tudo muito picolé de chuchu até o momento. Mas, é agora que a porca vai torcer o rabo. Não. Não estou me referindo à sua vizinha coxa branca. Lá pelos lados do Viaduto Colorado tem um haras que não consegue domar uma meia dúzia de pangarés metidos a garanhões, veja só. Falta de relho? Com certeza. Fiquei sabendo que tem equino se recusando a realizar treinamentos e, inclusive, diminuindo a potência nos páreos de jóquei. Santa ignorância animal. Desperdiçam o vigor físico da juventude para fazer beicinho. Se a pastagem do campo não está legal, ou se o cavaleiro não anda tratando bem é outro papo. Mas, jamais se deve manchar uma única oportunidade de aparecer à frente na hora da foto que decide quem é o verdadeiro vencedor. Isso sem falar no currículo para a bolsa de apostas.

O Paraná Clube não lida com cavalos, mas também não tem parecido tratar com homens. Certo, é difícil falar em salários atrasados. São dois lados de uma moeda furada. É claro, porque nesse vão, nessa briga por pagamentos e atração de investidores, há apenas uma grande vítima: a nação vermelha, azul e branca. O diretor não paga, o “jogador” não joga e o torcedor? O torcedor é o único que continua a dar seu sangue. Tá certo que temos milhares de pseudo paranistas, os do oba oba, que se derretem em qualquer chuvinha e vão morrer com os míseros 33 reais a mais no bolso. O assíduo da nossa Vila Capanema não merece ficar nesta agoniante linha de fogo onde quem leva chumbo não são os dois vaqueiros.
O Exército Gralha está pronto para mais um combate, armados de cachecóis, carteirinhas de sócio, um dinheirinho do sacrifício familiar e mais um manifesto. O Paranismo é exercido por nós assim como o Anarquismo foi por Proudhon e o Capitalismo por... Deixa para lá. Temos um time mediano e não um elenco. Estamos na deficitária série “B”, onde nossas estrelinhas estão com a cabeça? Não existem craques e, muito menos, futuros Ricardinhos no Paraná Clube de hoje. Todos deveriam agradecer pelo fato de poderem vestir nosso manto. Alô Toscano, capricha na pontaria cara, o Tricolor é a grande loteria da tua vida. Longe do futebol, tens tudo para ser um bom e digno entregador de pizzas. Mas, fora dos gramados, errando o endereço de três pizzas, é demissão na certa. Então, lembra desta metáfora e reflita suas últimas passagens pela marca da cal antes de falar em “fatores extra campo”.

Que o selecionado pré Copa do Mundo ressurja, prove que estou errado, mande-me calar a boca e, no próximo jogo, me coloquem em descrédito perante a nossa massa. Despido de qualquer vaidade pessoal, eu juro! É tudo o que mais quero, pois a história do Paranazão Clube vai além de minha mera existência, que dirá da de nossos boleiros, há há.

Você pode entrar em contato com este cronista via MSN/e-mail: mark.balboa@hotmail.com. Vamos lá nação tricolor, mande suas críticas e sugestões de assuntos a serem “cronicados”!

Um grande abraço.

Fonte: PARANISTAS.COM

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