Por Rodrigo Arend
Até então 100% em casa, o Paraná recebeu o Guaratinguetá na esperança de vencer e continuar à toda no G-4 da Série B. Só que, sem jogar um futebol convincente, o Tricolor talvez não contasse que uma cobrança de pênalti voltaria a decidir a partida. No primeiro tempo, Bocão perdeu uma cobrança que poderia ter ditado o rumo do jogo. O time paulista não desperdiçou a cobrança que teve. Sorte do Tricolor que o goleiro Juninho converteu outro pênalti que ocorreu no jogo – aos 50 do segundo tempo. A distância entre a marca do pênalti e o gol vinha sendo sofrida para o Tricolor.
TRICOLOR SAI ATRÁS
O começo da partida foi melhor para o Guaratinguetá. Isso porque o Paraná, apesar de ter maior posse, não conseguiu atacar com perigo. Assim, o time do litoral paulista se aproveitava das falhas paranistas, conseguindo armar boas chances.
Aos 10 minutos, em falha na saída de bola Tricolor, o Guaratinguetá conseguiu uma falta de longe. Na cobrança, a bola desviou na defesa, e enganou Juninho. Porém, a bola passou do lado da trave. Três minutos depois, a defesa não afastou uma bola fácil, e novamente Juninho apareceu – desta vez, para tirar, na base do chutão. Só que, no rebote, o jogador do Guaratinguetá aproveitou e mandou para o gol vazio. Novamente na base da sorte, a bola passou ao lado da meta Tricolor.
Aos 21, mesmo sem pressionar, o Paraná sofreu pênalti. João Leonardo foi derrubado em um lance de escanteio. Leandro Bocão foi para a cobrança com um peso enorme nas costas: há tempos, o Tricolor não tem um cobrador de pênaltis que passe confiança ao torcedor. E continuou sem. O atacante bateu no canto direito, baixo, mas o goleiro Jailson buscou.
Pior para o Tricolor, que tomou mais um baque já no lance seguinte. Na reposição de bola do goleiro do Guaratinguetá, o atacante do time paulista foi derrubado por Diego Correia na área – novo pênalti. Lucio Flavio foi para a cobrança e bateu com estilo, no meio – 1 a 0 Guaratinguetá.
Na sequência do primeiro tempo, o jogo ficou morno, com o Paraná errando muito e o Guaratinguetá apenas esperando, no campo de defesa.
Para a segunda etapa, Marcelo Oliveira sacou o zagueiro Diego Correia e o meia William. Entraram o volante Diogo e atacante Somália. Com isso, o time ficou posicionado mais à frente, e criou boas chances no retorno do intervalo.
PRESSÃO EM VÃO
Aos 2 minutos, Toscano conduziu a bola e arriscou de longe. A bola ia no ângulo, mas o goleiro Jailson interviu. Aos 4', Gilson e Bocão tabelaram dentro da área, e Toscano novamente apareceu para bater colocado. A bola saiu próxima do ângulo direito.
O time seguiu pressionando e procurando espaços. De novo Toscano, aos 13, foi quem resolveu arriscar. De longe, ele mandou para o gol, e o goleiro do Guaratinguetá espalmou. No rebote, a bola foi cruzada para o mesmo Toscano, que cabeceou no chão. A bola quicou alto, e saiu rente ao travessão. Três minutos depois, foi a vez de Gilson criar, driblando três adversários até a entrada da grande área. Ele lançou para Toscano disputar com o goleiro, mas a bola foi pela linha de fundo.
QUEM DECIDE É O GOLEIRO
Sentindo o ritmo, o Paraná passou a levar menos perigo. E o jogo esfriou ainda mais por conta do mau tempo, já que a garoa tratou de aparecer a partir da metade do segundo tempo. Assim, o jogo teve uma queda enorme na já questionável qualidade do futebol.
Porém, nos últimos instantes, o Tricolor deu sinais de vida após a expulsão de Goeber, e foi atrás do empate aos trancos e barrancos. Em cobrança de falta na entrada da área, aos 49 minutos, Gercimar tirou a bola com a mão. Pênalti para o Paraná. De novo.
Os jogadores dos dois times se alvoroçaram na grande área. Os do Guaratinguetá questionando e criticando o árbitro, e os do Tricolor decidindo quem iria para a bola. Porém, o batedor estava no meio de campo naquele momento. Era o goleiro Juninho, que, tendo seu nome gritado pela torcida, teve o aval de Marcelo Oliveira para assumir a responsabilidade.
Na hora da cobrança, a bola certamente estava pesada para o goleiro. Mas, demonstrando categoria, o jogador bateu no lado direito, e venceu o zagueiro Gustavo – isso porque o goleiro Jailson havia sido expulso por reclamação, momentos antes.
A torcida explodiu, o Juninho comemorou e agradeceu muito. Mas não havia tempo para mais nada, e o jogo ficou no empate.
FICHA TÉCNICA
PARANÁ X GUARATINGUETÁ
Dia 17/7/2010 (sábado), às 16h10
Local: Vila Capanema
Árbitro: Marcos Andre Gomes da Penha (ES)
Auxiliares: José Ricardo Maciel Linhares (ES) e Fabiano da Silva Ramires (ES)
PARANÁ
Juninho; Alessandro Lopes, João Leonardo e Diego Correia (Diogo); Murilo (Flavinho), Chicão, João Paulo, William (Somália) e Gilson; Marcelo Toscano e Leandro Bocão.
Técnico: Marcelo Oliveira.
GUARATINGUETÁ
Jailson; Rocha, Gustavo e Marielson; Fábio Silva (Lelê), Goeber, Cesar Santiago (Gercimar), Marcinho e Renato Peixe; Lucio Flavio (Guaru) e Tozin.
Técnico: Roberval Davino.
CARTÕES AMARELOS
PARANÁ: Diego Correia, Diogo
Guaratinguetá: Gustavo, Cesar Santiago, Goeber, Jailson, Marcinho
CARTÕES VERMELHOS
Guaratinguetá: Goeber e Jailson
Equipe de Comunicação Paranautas.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário