segunda-feira, 24 de maio de 2010

Entrevista de Marcelo Oliveira a Gazeta do Povo



Passadas três rodadas da Série B, o técnico do Paraná fez à Gazeta do Povo uma avaliação da competição e falaram das perspectivas futuras.

Já é possível um prognóstico da série B?

Marcelo Oliveira – Nesta competição, não se pode cair nas armadilhas. Achar que alguns jogos são mais fáceis que os outros. Temos de ficar firmes e fortes, sempre com a vontade de vencer. Naturalmente, em um campeonato difícil como este você vai ter vitórias convincentes e infelicidades. É importante manter o grupo unido, encarar a competição jogo a jogo.

Qual a avaliação do desempenho do time depois de três rodadas?

Marcelo Oliveira – Nós estamos ainda em um processo de ajuste. Colhemos resultados bons por trabalharmos muito. Mas temos de melhorar a posse de bola quando o time está ganhando, com a mesma garra e a mesma marcação.

Alguns jogadores sofrem com o estilo da Série B. Já percebeu isso no seu grupo?

Marcelo Oliveira – Uma coincidência positiva neste grupo é que ele é composto por jogadores que querem crescer na carreira. Então houve um casamento de interesses: os jogadores precisam correr muito numa competição que exige exatamente isso.

Dizem que a receita para subir é futebol feio e salário em dia...

Marcelo Oliveira – O ideal é futebol bonito e salário em dia. Tem dias que vamos ganhar jogando bem. E tem dias que ter uma vitória de 1 a 0 já irá nos dar por satisfeito.

Quem s ão os favoritos ao acesso?

Marcelo Oliveira – Pelo menos uns 12 times. O Pa¬¬ra¬¬ná entre eles.

Como você viu o início do rival?

Marcelo Oliveira – O Coritiba também está nesta lista [dos favoritos]. Ele teve dificuldades no começo, mas com certeza vai buscar recuperação.

O Campeonato Estadual dá um parecer equivocado?

Marcelo Oliveira – Não acredito. O Campeonato Paranaense teve bom nível, tanto que conseguimos reforçar nosso time no interior.

Certamente haverá assédio dos clubes da Série A. Como lidar com isso?

Marcelo Oliveira – A tendência é que o Paraná siga com o mesmo grupo, com poucas mudanças, até pela dificuldade financeira em que vivemos. Agora o grupo tem muito mais condições de trabalho do que em outras ocasiões.

A parada da Copa do Mundo ajudará ou atrapalhará?

Marcelo Oliveira – Temos é que saber aproveitá-la. Pode ser que a gente esteja em um ritmo forte, ganhando partidas. Então a parada representa quebra deste ritmo. Precisamos aproveitar para fazer um trabalho físico apurado. Time que estiver bem montado e com este espírito de vencer e de lutar está pronto pra qualquer parada. Queremos fazer amistosos e estamos com alguma dificuldade de achar equipes que sejam competitivas pa¬¬ra que possamos realizá-los.

Qual a maior virtude e o maior de¬¬feito do seu time?

Marcelo Oliveira – A maior virtude é a união, a en¬¬trega, a superação em campo. Te¬¬mos de melhorar a posse de bo¬¬la, ficar com ela quando necessário, explorar melhor os contra-ataques.

A “calma mineira” ajuda a lidar com o “inferno” da Série B?

Marcelo Oliveira – Ajuda enquanto estiver ga¬¬nhando. Quando perde ela, vira um defeito.

Qual a “trilha sonora” da campanha até este meomento?

Marcelo Oliveira – Adoro MPB. Não posso citar uma música, mas gosto muito da Alcione, do Chico Buarque e do meu conterrâneo Milton Nasci¬¬mento.

OBs: Entrevista foi junto com o treinador do coxa Ney Franco, editei e deixei apenas o que nos interessa.

Fonte: Gazeta do Povo

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